nonsense

 A água tônica se achava a tal

 Muito mais que mineral

 Circulando pela capital

 Só tratando de gente bem

 que às vezes passava mal

 

Quis o destino, num total desatino

Brincar com o impossível

unir o desencontrado e

Na carga do carteiro embaralhou cartas

De dois seres desparelhados

 

E numa tarde outonal

Em meio à paz rural do mundo animal

Chega um convite pro vernissage

Mais uma oferta de hidromassagem

tudo em nome da Água Tônica

 

Pergunta pra cá, responde de lá

Senhora Água Tônica aqui não há

Erro de grafia ou de datilografia?

E remeteram as cujas pra Égua Tonica

 

Que por sinal adorou,

queria mesmo mudar de ares

pensava em um tour por Buenos Aires

Mas recusar uma boca livre, deus me livre...

 

E lá foi ela pra capital

Com arreio novo de metal,

 nunca se viu égua igual

 

No vernissage causou furor

“Chega de amargor” - vibrou o pintor

 

A crônica social aprovou

Égua Tonica, de Taperitica

esbanja charme natural

E decreta o fim do artificial

 

Enquanto isso, na coluna policial do jornal

Acidente

Água Tônica se afoga na sarjeta

Causa inundação e muita confusão


Comentários

  1. Gostei da brincadeira sem eira nem beira ;)
    bj
    Sue

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  2. Não deixa de ser uma reflexão!! Gostei!! Mina

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  3. Ita querida, poema surpreendente!
    Quanta criatividade! Muito bom! Bjo

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  4. Trocadilhos a parte...adoro água tônica. Os jovens dizem que é “coisa de velho”. Não concordo somos jovens demais!

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  5. Não sei postar nada. Meus comentários saem com seu nome, Ita. Bjs Mari

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  6. Muiito criativo, gostei do Título
    👏👏👏👏

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